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Projetos em andamento

1. A história da Sociologia no Brasil

Linha de Pesquisa: Intelectuais, Educação e Política

O projeto trata da institucionalização da Sociologia no Brasil tendo como referência o período de 1970/2010 com a criação da pós-graduação pelo Parecer 977/65. Acompanhar o desenvolvimento da pós-graduação pode ser um instrumento eficaz para percebermos de que forma a área de conhecimento se desenvolveu e a forma como foi impactada pela Constituição de 1988 com a inclusão de uma nova agenda de direitos e pela reestruturação do campo teórico da Sociologia afetado pela discussão a respeito da eficácia ou capacidade explicativa das grandes teorias/narrativas. A hipótese é que tais fenômenos repercutiram de forma substantiva no desenho da disciplina e na diversidade de abordagens nela contempladas.

Participantes: Helena Bomeny e Mariana Siracusa


2. Museus de Consciência: Um Novo Desafio

Linha de Pesquisa: Arte, Imagem e Cultura

O objetivo deste projeto é analisar, de forma comparativa, alguns museus, monumentos, parques e memoriais, nacionais e estrangeiros, que têm por missão não só denunciar a violação de direitos humanos, mas promover ações cívicas. As estratégias utilizadas por sítios relacionados à memória têm se modificado consideravelmente na última década. De narrativas voltadas para a representação e fortalecimento das identidades, as novas propostas se voltam para a produção de encontros e emoções que provoquem ações e reações na cena pública. Estas mudanças acompanham novas formas de percepção da relação entre espaço e tempo, e, consequentemente, da definição memória. A metodologia a ser utilizada é qualitativa e tem por base entrevistas abertas e semi-estruturadas, bem como observação de campo

Participante: Myrian Sepulveda dos Santos


3. O Empoderamento das Mulheres nas Relações Familiares: Uma Revolução Incompleta

Linha de pesquisa: Família, Gênero e Gerações

O Brasil tem avançado no sentido de obter relações de gênero mais equitativas, embora ainda haja muito a ser feito até que a justa equidade entre os sexos seja alcançada. As mulheres brasileiras conseguem dissociar a vida sexual da reprodutiva, a gravidez indesejada é alta e muitas mulheres não têm à saúde sexual e reprodutiva. Mesmo ingressando no mercado de trabalho e contribuindo para a renda familiar, elas ainda são as principais responsáveis pelos afazeres domésticos e o cuidado dos filhos, ou seja estão submetidas à dupla jornada de trabalho, prejudicando seu desempenho como trabalhadoras e mães, sua saúde e muito provavelmente interfere nas suas escolhas reprodutivas. Este projeto propõe-se a usar os dados da PNAD 2012, dados censitários e do relatório Perfil dos Estados Brasileiros publicado pelo IBGE, para investigar quantitativamente os fatores relacionados à divisão dos afazeres domésticos e ao empoderamento das mulheres nas famílias brasileiras, assim como a relação entre o empoderamento da mulher e suas escolhas reprodutivas.

Participante: Maira Covre-Sussai


4. Projeto Conflitos e Conciliações de Gênero entre Trabalho, Família e Esfera Pública

Linha de pesquisa: Família, Gênero e gerações

O projeto investiga, em perspectiva comparada, os valores e as atitudes de gênero de mulheres e homens no Brasil no que tange às dinâmicas e relações para compatibilizar as vidas privada e pública, no cotidiano. Compara as mudanças e permanências, a partir de pesquisa nacional realizada no Brasil nos anos de 2003 e de 2016, e compara o Brasil com outros países que mantem diferentes regimes de bem-estar social.
Participante: Clara Araújo


5. Feminismo, Poder e Representação Política Legislativa

Linha de pesquisa: Estado, Política e Representação

Investigação sobre o acesso das mulheres aos espaços de poder, notadamente o Legislativo. Objetiva analisar a eficácia das estratégias para ampliar tal acesso e as razões para o gap de gênero na política brasileira.
Participante: Clara Araújo


6. políticas Públicas, Cidadania e territórios periféricos: a permanente (re)construção do estado nas margens do Rio de Janeiro

Linha de Pesquisa: Cidade, Poder e Resistências

Este projeto de pesquisa tem por objetivo investigar em uma perspectiva contrastante processos sociais que estão ocorrendo nas áreas ‘à sombra’ das políticas públicas, da mídia, do mercado e do interesse da opinião pública, de forma a identificar ali as formas em curso de administração e controle de territórios e populações. A partir do diálogo com um referencial teórico preocupado com as formas pelas quais o estado se faz presente em territórios considerados ‘à margem”, e com as maneiras através das quais esse estado produz novas margens e se reproduz nelas, nossa investigação terá especial interesse em compreender como estão estruturados os ‘encontros’ entre ‘sociedade’ (populações, organizações, coletivos) e ‘estado’ nessas ‘margens’. Para tanto, realizaremos pesquisa de cunho qualitativo e inspiração etnográfica junto a ‘pedaços’ (territoriais e temáticos) e populações específicos do Rio de Janeiro: bairros da Zona Oeste e da Baixada Fluminense sob impacto de processos de reforma urbana e políticas públicas de segurança, populações que desafiam o ordenamento urbano em suas vivências da cidade (como pessoas em situação de rua, ativistas de ocupação de espaços públicos), favelas que estão fora dos circuitos de ‘mercantilização’ que têm dominado esses territórios.
Participante: Lia de Mattos Rocha


7. Antropologia e Imagens: o que há de particular na antropologia visual brasileira?

Linha de Pesquisa: Arte, Imagem e Cultura

A rápida ascensão da antropologia audiovisual brasileira, e sua aquiescência nas instituições públicas de ensino superior e nas principais associações de representação das ciências sociais, comparadas aos países latino-americanos, estimula a questionar sobre as bases de reprodução desse conhecimento no ensino e na pesquisa. Quem forma quem, e como são formados os antropólogos audiovisuais brasileiros? Este projeto analisa o uso de imagens nas pesquisas antropológicas, focalizando as abordagens teórico-metodológicas empreendidas por cinco grupos/núcleos de antropologia audiovisual brasileiros e suas possíveis especificidades.

Participante: Clarice Ehlers Peixoto


8. TERRITORIALIDADES, ESTADO E MERCADO

Linha de pesquisa: Cidade, Poder e Resistências

A pesquisa pretende analisar, no processo de reestruturação da cidade em curso, as racionalidades e os agenciamentos que buscam constituir diferentes regimes territoriais no Rio de Janeiro, como um processo contínuo de produção de ordem e exceção, formalidade e informalidade, limite e transgressão em territórios diversos. Neste sentido, ainda que mantenha meu foco privilegiado nas favelas e em seus moradores (enquanto as “margens” mais “tradicionais da cidade), reconheço a relevância heurística de não isolar esses territórios e populações, introduzindo uma dimensão comparativa com outros espaços de camadas populares no Rio de Janeiro. A hipótese geral consiste em que, no contexto de reestruturação do Rio de Janeiro como “cidade de negócios”, cuja face mais evidente é a preparação do Rio de Janeiro para sediar os chamados “grandes eventos”, o lugar das favelas (como de outras “margens” ou periferias) na cidade está em questão. Considero estar em curso a produção de regimes territoriais diversos para os atuais lugares de “margem” no Rio de Janeiro, que depende de um certo “trabalho de tempo” e do sucesso/insucesso de diversos dispositivos governamentais e não governamentais que vêm sendo acionados com este objetivo. Dessa angulação, um de meus objetivos específicos é analisar os dispositivos governamentais e não governamentais de gerenciamento dos atuais territórios de “margem”, em que novos agenciamentos são realizados “de fora para dentro” e estimulados para que se reproduzam “de dentro para fora”, combinando a normalização de seus moradores e sua inserção no mercado através do empreendedorismo, como condição para a inclusão social que postulam e lhes oferecem. Outro é a análise das relações que os moradores estabelecem com esses dispositivos sob diferentes aspectos.

Participante: Márcia Pereira Leite


9. A reinvenção do Rio de Janeiro: controvérsias em torno de um projeto de revitalização

Linha de pesquisa: Cidade, Poder e Resistências

O objetivo mais geral desta pesquisa é a compreensão dos possíveis entrelaçamentos entre patrimônio, cultura, identidade, turismo e território, a partir da reflexão sobre o projeto de urbanização desenvolvido na cidade do Rio de Janeiro, desde 2009, denominado Porto Maravilha. Interessa discutir como a noção de patrimônio cultural pode se converter em um recurso poderoso tanto associado à noção de turismo quanto ao de plano urbanístico. A ideia norteadora é compreender as relações sociais, as negociações e os conflitos que estão em curso naquele território, em seus diferentes nexos, considerando-se o processo de revitalização em curso. Trata-se de apreender as dinâmicas sociais em um momento particularmente sensível no qual certas clivagens e configurações sociais tendem a se reordenar pela transformação que se opera no horizonte de vida dos moradores da região.

Participante: Sandra Maria Corrêa de Sá Carneiro


10. Usos e apropriações de espaços públicos: estudo de dois coletivos suburbanos na cidade do Rio de Janeiro

Linha de pesquisa: Cidade, Poder e Resistências

A pesquisa focaliza aspectos da dinâmica socioespacial da cidade do Rio de Janeiro, a partir do estudo de dois coletivos culturais que atuam no subúrbio de Olaria. O interesse é refletir sobre as ações e atuações desses grupos que propõem novas formas de conceber os espaços públicos e novas alternativas para seus usos, a partir da ideia de direito à cidade. A pesquisa parte do pressuposto de que a presença desses grupos culturais, que se autodenominam como coletivos, confere novos sentidos a esses locais como lugares de encontro, de sociabilidades, de práticas sociais e de manifestações da vida urbana cotidiana. O suposto é que estas novas modalidades de atuar e de transmutar o espaço ampliam o repertório de leituras possíveis sobre os espaços públicos.

Participante: Sandra Maria Corrêa de Sá Carneiro